O Fim é o Começo de Algo
Parafraseando
a expressão usada pelo Brian Flanagan, no filme Cocktail (1988), “tudo acaba
mal, caso contrário não acabaria”. Este é o ponto de partida para o que, entendo,
ser uma abordagem lúcida da vida e tudo o que nos acontece, isto porque, a maior
parte dos acontecimentos transportam-nos sempre, ou quase sempre, para pensamentos
profundos acerca da nossa existência, das decisões que tomamos e que nos fizeram
chegar a um determinado ponto. O Fim.
Em
primeiro lugar, e mais importante, é que se algo acabou, foi porque não havia
uma convergência de finalidades entre as partes envolvidas. Depois, e porque
normalmente existem dois pólos neste processo decisional, torna-se essencial
perceber que o magnetismo poderá não estar orientado no sentido de tornar possível
a atração, mas sim, de forma gradual, orientado para repelir estes dois pólos.
Ainda
que seja uma questão de perspetiva, este não é um processo bilateral. Acabar algo
representa a rotura entre o paradigma atual e a previsão de um dos envolvidos
em relação ao futuro. O que na minha opinião sugere que o fim se insurge
como uma oportunidade para começar algo novo, porque o que estava a ser vivido
era, provavelmente, uma aproximação forçada de vivências comuns, com pontos de interceção
reduzidos, representando assim uma ínfima parte daquilo que poderia ser melhor.
Ou seja, se tudo isto fosse ilustrado num Diagrama de Venn, cada qual iria
fazer uma reflexão tendo em conta as relações de pertença a determinados
conjuntos de interesses.
Mas nem
tudo é mau. E é aqui que entra a nossa capacidade de pensar e viver. O fim é uma
oportunidade para começar algo novo. Com isto quero dizer que, numa questão de
probabilidades, ainda que nunca seja fácil aceitar o fim, as nossas opções aumentam,
permite-nos atirar a moeda ao ar as vezes que quisermos. Assim sendo, as
ramificações de tomada de decisão serão mais abrangentes, e cada uma delas irá
nos conduzir por um número infinito de caminhos.
Está bem,
vem para aqui mais um maluco escrever sobre a vida e fazer frases feitas sobre
isto ou aquilo. A verdade é só uma, podes não gostar, mas vais ter que aceitar.
Defendo que todos devem rejeitar a submissão emocional e ter a paciência
suficiente para encontrar o caminho certo da sua alegria. Cada decisão leva a
outra decisão, que por sua vez obriga-te a decidir sobre o que tinhas decidido previamente.
É a inércia perante a tomada de decisão, que faz-te viver Em estado Vegetativo.
Sinceramente,
Stero
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