Nada tem valor se não for valorizado.
Quando tempo esperamos viver? O que esperamos realmente viver? Provavelmente estas são perguntas existenciais um bocado parvas. Mas se pararmos realmente para pensar, no ónus da nossa existência e aquilo que realmente esperamos para nós próprios, poderemos esbarrar leve ou brutalmente contra estas epopeias filosóficas. Primeiro, e inevitavelmente, procuramos afecto de várias naturezas. Família. Amigos. Conjugues. Inimigos. Seria uma lista interminável. Queremos admirar e ser admirados. Queremos amar e ser amados. Mas nesta caminhada silenciosa, dos afectos, são poucos os momentos que nos permitem pensar profundamente sobre as emoções. Vivemos presos a uma realidade que não é a nossa. Existimos numa antítese daquilo que deveríamos viver. Deixamos de dar valor ao pulcro e passamos a valorizar o antagonismo hiperbolizado do real. Estaria a mentir se dissesse que não admiro os exageros da realidade. Eles existem porque prendem atenção. Mas deve ficar somente pela a