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A mostrar mensagens de agosto, 2018

A Sintaxe Paradoxal da Existência

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É certo e sabido que a existência Humana é recheada de informação. Visual, auditiva, sensorial e emotiva. Tendo em conta esta mescla de conteúdos que nos são apresentados, voluntária e involuntariamente, nós, seres bípedes com capacidade para racionalizar, acabamos por ruminar pensamentos paradoxais. Por mais informação que tenhamos, a tendência será, quase sempre, tornar algo concreto em abstrato e/ou vice-versa. Ou seja, só porque faz sentido, não significa que esta certo. Cada singularidade Humana, conceptualiza as suas vivências, da forma como o seu intelecto foi programado para processar informação. Até mesmo o óbvio poderá ser interpretado de inúmeras formas, mais ou menos absurdas, dependendo da diarreia mental de cada um. A priori todos recebemos a informação de igual forma. A posteriori a informação foi interpretada de mil e uma formas, sugerindo que até mesmo a mais sólida das verdades, poderá ser vista como a maior das mentiras. Edgar Morin (1986), quando fal

Enquanto Verbalizamos

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Os seres humanos têm uma grande capacidade e vontade de criticar. Estes pegam em qualquer assunto, refletem e sentem a necessidade de verbalizar esse mesmo pensamento. Por norma, o ser humano gosta de se sentir útil perante a sociedade e deduz que a sua contribuição poderá ser importante. O que nos distingue dos demais humanos é a natureza (intenção) e construção (argumentação) dessa mesma crítica. No fundo nunca realmente se saberá o objetivo dessa mesma intervenção por parte dos demais. Há é que ter atenção se as críticas são construtivas ou destrutivas, pois estas poderão ter um impacto em alguém ou grupo e, por vezes, não se tem a noção do peso que poderá ter essa intervenção. Parafraseando uma citação (anónimo): “Estudo sem reflexão é perda de tempo. Reflexão sem estudo é perigoso.”. Como é que as pessoas podem ser tão céticas e ingénuas simultaneamente? A religião (por exemplo Católica), que existe há mais de 2000 anos, muitas pessoas não acreditam que Deus

Imagética

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Como já é sabido (se não é, devia) nós, seres humanos, temos a capacidade de pensar. Esta faculdade permite-nos criar e recriar coisas, momentos e situações que poderão ser positivas ou negativas. Serão positivas quando, como consequência do pensamento, conseguimos alcançar tudo o que foi idealizado. Serão negativas quando o que foi pensado acaba por exceder expectativas, transportando o nosso imaginário para uma espécie de sonho constante, que nos impede de ver e viver a realidade. A imagética tem estas duas vertentes. Ora vejamos, se num jogo de futebol, antes de ser cobrada uma falta perigosa, o jogador pensa e imagina qual será o seu movimento em relação à bola, como irá efetuar o remate, que trajetória a bola vai seguir e, por último, onde a bola vai entrar, estão previstos, pelo menos, dois cenários: é golo ou não. Estaremos preparados mental e emocionalmente para estes dois desfechos? Ou seja, quando pretendemos alcançar determinado objetivo, delineamos as estra

O humor tem limites?

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Todo e cada singular indivíduo, ao longo do seu crescimento, é adaptado à sociedade na qual se insere. Esta oferece uma educação que definirá a sua personalidade ao longo das experiências. A infância e a adolescência serão, certamente, as fases mais críticas, pois é onde somos mais sinceros emocionalmente, marcando-nos nos melhores e piores momentos. A forma como reagimos perante esses momentos nos definirão para o resto da vida. O bullying é algo ainda muito presente nos dias de hoje. Hoje verifica-se uma maior intensidade devido ao seu espalhamento nos meios de comunicação. Eu, pessoalmente, passei um bocado, mas mais na vertente verbal. Pegavam nas debilidades existentes e transformavam num momento de humor/riso para os demais (o humor tem limites?). Confesso que não geria bem a constante troça. Uma criança por norma, não possui mecanismos para combater a constante implicação por parte dos demais. Como é que se chega ao ponto de não se importar? Verificas que o m

És Feliz ou Alegre?

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          O nosso estado permanente, de constante busca pela felicidade, leva-nos, por vezes, a idealizar um conjunto de processos e vivencias que, de forma sinérgica, permitirão atingir todos os objetivos previamente definidos. Mas, como se costuma dizer, a vida não é um mar de rosas. Encontramos demasiados obstáculos pelo caminho e, atingir o estado de felicidade pleno, não é nada mais do que uma utopia.             Esta a busca constante, extremamente racional, acaba por ser desgastante, para qualquer pessoa que tente desesperadamente viver sobre um padrão, ditado por outrem, como sendo o epiteto de Felicidade.             O que é a felicidade? Eis a grande questão. Para mim, mero pensador, a felicidade não é, nada mais, do que a soma de momentos de alegria. Não entendo a felicidade como sendo um estado de alegria constante. Vou mais longe, para sentir alegria, é preciso alguma vez ter experimentado tristeza. Caso contrário, torna-se difícil separar estes dois sentimentos.