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A mostrar mensagens de janeiro, 2021

Eu sou quem deveria ser.

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  Eu sei que comecei a contar histórias sobre outras pessoas e, essencialmente, esqueci-me de falar sobre mim. Existe apenas uma explicação. A minha figura e a minha personagem são extremamente aborrecidas. Eu sou um indivíduo que, para além da parte obvia, de arruaceiro e vingativo, tenho um nome e uma personalidade bastante comuns. Por esta altura estava a ingressar no ensino primário com quase 6 anos de idade e pouco tinha a dizer sobre mim próprio. O que neste momento sei é que até ao final do meu ensino primário, muitas aventuras estariam por chegar. Parecem poucos, mas ainda são quatro anos. Claro, quando falo em aventuras isto não quer dizer que andei a percorrer mares nunca antes navegados ou a liderar expedições pelas montanhas mais altas do globo terrestre. Uma criancinha limita-se a absorver momentos, acontecimentos e vivencias que a qualquer momento podem ser vividas por todos ou por qualquer um. Na retoma das aulas, deparei-me com uma turma diferente. Rapazes novos.

Ficou a Mentira

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  À medida que fui crescendo cultivei uma capacidade extraordinária para digerir adversidades. Estão a ver aquelas pessoas que dizem que a vida foi a sua melhor escola e todas as suas dificuldades acabaram por torna-los mais fortes? Não consigo interpretar as coisas desta maneira, é demasiado simplista. Quando tens a alegria de passar por bons momentos ou momentos que se encontram dentro da tua expetativa, nunca irás evita-los só para sentir adversidade e, consequentemente, aprender. Gosto de pensar que existem várias soluções para resolver a equação da felicidade. Depois do meu primeiro desaire afetivo – devem se lembrar da Celina – comecei a ter as minhas primeiras desavenças. Obviamente senti-me, não é bem traído, mas com um sentimento de impotência para com os acontecimentos. Tava fodido com o que me aconteceu e, como boa criança que fui, tive os meus episódios de vingança. Coitado do Pedro, não merecia nada daquilo que lhe aconteceu ao longo do último ano de infantário. A me

E se fosses tu?

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  Lembro-me, tinha 4 anos. Estava no infantário e tudo o que mais queria, como todas as crianças, era que alguém reparasse em mim. Que eu fosse o foco de todas as atenções. As minhas memórias são parcas, mas o sentimento que me domina, quando recordo estes momentos, faz-me crer que o sucedido, valeu a pena. Aprendi. O seu nome é celina. Quem é que conta histórias de amor dos 4 anos de idade? Eu sempre fui, e sou, um ser insatisfeito. Faço questão de o demonstrar. Para ser assim é preciso aceitar que haverá muito pouca gente a querer estar perto de ti. Para qualquer tipo de relação. Mas imaginem isto aos 4 anos. Nem a minha mãe sabia o que fazer comigo, porque eu era demasiado. Então, a Celina. Afirmo convictamente que foi o meu primeiro amor. Foi a primeira pessoa que conseguiu olhar para mim e ver mais do que aquilo que eu demonstrava ser. Mas não foi só isso que ela fez. Cada vez mais vivemos numa sociedade onde o materialismo é Rei. Que as relações se medem pela quantidade d