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A mostrar mensagens de dezembro, 2020

Continuamos a acreditar no inacreditável.

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É comum ouvir-se que a vida não dá mais do que aquilo que consegues ter. Que tudo é feito com uma proporção ideal de acordo com cada pessoa. Se tu praticares o bem, vais receber o bem. Que tudo e que nada. Em tempos em que as respostas teimam em não aparecer, ou não são aquelas que esperamos, remetemos toda a responsabilidade dos nossos atos e ações para um cosmos cuja existência continua tão obscura como a nossa própria génese. Há a certeza irrefletida de querer alguma coisa, mas não sabemos o quê. É aquela sensação do “apetece-me comer qualquer coisa, mas não sei o que é”. Viajamos no nosso pensamento à procura de justificações e alternativas à nossa mísera existência e só conseguimos encontrar conforto no desdém. Há quem acabe por se revitalizar com a desgraça ou com os méritos alheios, tornando-se um parasita emocional e vivencial. Tenho dito que não sou nenhum guru da psicologia moderna, muito menos um antropólogo. Mas caralho… porque é que as pessoas teimam em rejeitar a co