Enquanto Verbalizamos
Os seres humanos têm
uma grande capacidade e vontade de criticar. Estes pegam em qualquer assunto, refletem
e sentem a necessidade de verbalizar esse mesmo pensamento. Por norma, o ser humano
gosta de se sentir útil perante a sociedade e deduz que a sua contribuição
poderá ser importante. O que nos distingue dos demais humanos é a natureza (intenção)
e construção (argumentação) dessa mesma crítica. No fundo nunca realmente se saberá
o objetivo dessa mesma intervenção por parte dos demais. Há é que ter atenção se
as críticas são construtivas ou destrutivas, pois estas poderão ter um impacto
em alguém ou grupo e, por vezes, não se tem a noção do peso que poderá ter essa
intervenção.
Parafraseando uma
citação (anónimo): “Estudo sem reflexão é perda de tempo. Reflexão sem estudo é
perigoso.”. Como é que as pessoas podem ser tão céticas e ingénuas simultaneamente?
A religião (por exemplo Católica), que existe há mais de 2000 anos, muitas
pessoas não acreditam que Deus existe pois não aparece perante o povo. No entanto,
se lhe disserem que viram o(a) namorado(a) a curtir com outro(a), sem realmente
ver o sucedido, existe uma tendência para acreditar imediatamente sem questionar
a validade e consequente verdade do argumento. As pessoas são ainda muito
controladas pelas emoções, o que lhes levam, por vezes, à construção de juízos irrefletidos,
sendo inválidos, consequentemente falsos e completamente destrutivos.
Ninguém é perfeito. Não
se pode pedir que todos nós sejamos capazes de argumentar de forma construtiva
e pertinente em todas as situações. Haverão sempre situações que seremos “obrigados”
a discordar porque todos somos educados de forma diferente. No entanto, se cada
um de nós aprendesse pelo menos a respeitar o argumento de outrem já seria um bom
começo.
Respeitar não significa
concordar, mas sim não ofender.
Atenciosamente,
Pensador Ambulante.
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