Tempo, Rico Tempo


Já refletiram sobre o termo Tempo? Com certeza que sim. Mas levaram esse pensamento a sério, ou o apenas consideraram de forma leviana, que é o que muita gente faz, da mesma forma como raciocinam sobre as questões existenciais? É normal quando um indivíduo começa a se interrogar: “Quem sou eu? O que faço aqui? Para onde vou? Isto faz mesmo algum sentido?”, existe um mecanismo de defesa que te faz libertar desse raciocínio que, de certa forma, parece nocivo. Porque, se tentarmos mesmo procurar respostas a essas perguntas, se poderá chegar a alguma conclusão que, afinal de contas, será, de alguma forma, inconclusiva. No entanto, não vos peço isso. Quero que apenas reflitam e que tenham apenas em consideração a palavra Tempo, como duração de algo, não o fenómeno meteorológico.

Já dizia alguém (não me lembro quem): “Nós não perdermos tempo. O tempo é que nos perde”. Acho que a relação é recíproca. Existe uma simbiose entre nós, humanos, e o tempo. O tempo nos perde, porque ele está cá antes nós existirmos, assim como ficará depois de nos extinguirmos. Ao longo da vida (tempo) realizamos escolhas, que normalmente definimos como boas e/ou más. As que consideramos más, referimos que é uma espécie de tempo perdido, porque a resultante das ações não foi de encontro aos objetivos inicialmente traçados. Na minha perspetiva, ainda se pode considerar como Tempo não tão bem investido, porque possivelmente se poderia ser alcançado o sucesso com outra opção, tendo em conta a mesma duração temporal. Porém, não reputo como tempo perdido, porque aquele momento, de forma inconsciente ou consciente, foi vivido. E com certeza, deu azo à aprendizagem algo, nem que seja a coisa mais estúpida, para voltares ou não a repeti-la (se envolver álcool poderá ocorrer a opção de repeti-la como se fosse a primeira vez, devido ao seu (álcool) instinto inato de assassinar neurónios). No entanto, onde quero chegar é que vem no parágrafo seguinte.

O teu Tempo! Já pensaste na última vez que tiveste realmente tempo para ti? Poderás dizer: "Sim, depois da minha rotina de trabalho costumo ter um boa vida social com os meus amigos.". Repito novamente: “Tempo para ti?” Nem amigos, nem pais, nem irmãos, nem esposa (marido), nem filhos. Só tu e mais ninguém! Aí sim, qual foi a última vez? Possivelmente só antes de dormir ou a tomar banho, ou a mictar (nº 1)/defecar (nº 2). Nós como humanos sociais, partilhamos o nosso tempo com os demais e raramente prestamos tempo para refletirmos sobre nós, realizar introspeções, retrospeções. O tempo que investimos, apenas para nós, é uma das ações mais importantes que devemos executar e não a praticamos como deveria o ser. O maior desafio do ser humano é conhecer a si mesmo. Como é que nos podemos realmente nos conhecer se nem tempo para nós temos? Como é que podemos verdadeiramente reconhecer e ultrapassar os nossos erros, se nem temos tempo para pensar em soluções? Há que manter a sanidade mental. Valorizem o vosso tempo e digam não quando é necessário (é algo que ainda me assiste (e a muitos outros) e está em constante melhoramento).

Atenciosamente,

Pensador Ambulante.

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